terça-feira, 30 de agosto de 2011 6 comentários

Sobre as coisas que amamos e perdemos

Ai que saudade de acordar com você,
de ver você se manifestar e me fazer reagir.

Saudade de esperar as mensagens,
de planejar absurdos e me fazer morrer de rir.

Saudade do efeito que causamos juntos,
de sussurrar nossos segredos e me deixar fluir.

Ai que saudade do meu celular!
domingo, 14 de agosto de 2011 4 comentários

Limitações



Ao meu Pai

Você nunca foi meu herói, mas era quem cantava cantigas para mim.
E se há algo que dá gosto à lembrança,
se há algo que traz de volta a infância,
soa assim: “Olê mulher rendeira, Olê mulher rendar
Tu me ensina a fazer renda que eu te ensino a namorar [...]”.

Não passamos mais tanto tempo juntos,
Nem falamos dos mesmos assuntos.
Sinto muito por todas as vezes que não compreendi os teus limites.

Minha mente se distrai entre tuas confusões
E em meio a olhares distantes e gestos automáticos
Sobra o vazio nas nossas ligações.

Eu só queria que você entendesse
O que eu nunca fiz questão de revelar
E que pudesse ler o que me escorre agora

Queria poder explicar algo e ver você compreender.
Não, não queria outra vida,
nem outro pai.
Eu só queria entender as suas explicações.
 
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