domingo, 27 de março de 2011 14 comentários

Febril

Os lugares antigos senti-os no cheiro da memória.
O passo manso tem o gosto suave que revigora
os atrevimentos dessa minha febre habitual
e o suor frio dos dias banais.

Confundi todas as histórias.
Meus desejos se perderam em confissões
por palavras nunca antes ditas
e as minhas frases feitas perderam o sentido.

Parei de massacrar as cigarras
Meu próprio canto me incomoda e me faz implorar
Não importa se aqui não é Babylon
Minha pele anseia o arrepio de tuas fanfarras.

É que hoje eu queria um abraço
que me pegasse num sopapo
e me sentisse sorrir como quem chora de saudade.

Se voltei foi pra sentir [de novo] o meu porto seguro trepidar
Cansei da sensatez de ser só
Voltei ao meu delírio de poder ser em você mais uma vez.

 
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