terça-feira, 13 de setembro de 2011

Contra-senso



Me ergo na cena,
chuto o balde,
mas ainda assim me consumo.

Sinto pena,
sinto vontade,
não me acostumo.

Adormeço
questionando o contra-senso
e todo o arrependimento.

Mas não esqueço
o que não penso,
o que me traz alento.

Não sei se é amor
Na verdade, sei o que não é.
O que seria então?

Não consigo me desprender dos sentimentos, nem me abandonar.
Por isso sobro, sou desperdício
e me alimento dessa imensa dificuldade de me libertar.

Mas quanto disso é real ou fictício?
Não adianta,
fugir é inútil.


5 comentários:

Fernanda disse...

Uma frase?
"Por isso sobro, sou desperdício"

Perfeita!

Carlinha disse...

Seu idolatrado Guimarães já dizia:

"inútil fugir, inútil resistir, inútil tudo".

Gabi disse...

E o seu amado Chico Buarque já dá o "Bom Conselho": "Inútil dormir que a dor não passa".

Laianne Alencar disse...

fodinhaa linda rouse! rs bjo!

Anônimo disse...

Que orguuuuuuuuuuuuuuulho dessa minha amiga! Ela sempre consegue me surpreender! "Por isso sobro, sou desperdício" é tudoooooooo, resume e define todo o poema, e sou bem "amostrada" em dizer que tal poema surgiu de uma das muitas e longas conversar nossas on line .... saudades nossas, tentativas de encontros e o saber que eles ão mais existem. (ponto final) E que estes pontos finais são bons para nós mesmas!!! FUGIR é que não é salutar. Né?!?
Moema Vilar

 
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