Começo e fim são sempre as partes mais complicadas nesta seqüência porque estão repletos de sentimentos que me amedrontam: medo, insegurança, dor, saudade.
Bom mesmo é o meio. É no meio do bolo que está o mais saboroso, o recheio (que no meu caso só poderia ser de chocolate). Ao leite, meio amargo ou com flocos de emoção.
Mesmo que eu quisesse, não conseguiria encontrar palavras para descrever o meio porque a gente prova (vive, acontece) e só consegue dizer: “ Hum ...”
Sim, mas onde está a emoção? Está bem guardada nas minhas lembranças e quem quiser que imagine, sinta-se a vontade. Eu é que não vou contar. Porque a emoção estava (está) em viver cada momento e sentimento e depois dizer que faria tudo outra vez, mesmo sabendo que, às vezes, fins não têm começo e começos podem não ter fim.
O fim
Extremamente por acaso, mas também, ninguém sai de casa dizendo: “Hoje, vou me apaixonar”, nem mesmo uma louca como eu. Mas foi assim, um acaso intencionado, conversas e mais conversas, trocas de olhar, algumas indiretas, muitas diretas e três meses de telefonemas. Muitas limitações, pré-conceitos, caipirinhas e medo. Sonhos então, melhor nem comentar.
O fim do começo? A falta de luz, um garçom metido, uma vela, um abajur e uma explosão (o beijo)!
O começo
[...] E assim, nos olhamos e partimos. E eu pensei que quando esse dia chegasse iria espernear, mas não. Não disse nada. Não fiz nada. Não movi sequer os olhos, apenas andei. Andei por querer estar longe, mesmo sabendo que, por enquanto, por mais que eu corra, você ainda vai estar em mim.
É o começo do fim e talvez não seja o tão sonhado final feliz, mas também não é triste, é apenas o fim. E eu não desisti de você como se largasse um brinquedo que já perdeu a graça. Deixei-o ir porque o amava, mas já não o tinha mais.