segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Sequência

Lua adversa
"Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
[...]
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu..."
(Cecília Meireles)
O meio


Começo e fim são sempre as partes mais complicadas nesta seqüência porque estão repletos de sentimentos que me amedrontam: medo, insegurança, dor, saudade.
Bom mesmo é o meio. É no meio do bolo que está o mais saboroso, o recheio (que no meu caso só poderia ser de chocolate). Ao leite, meio amargo ou com flocos de emoção.
Mesmo que eu quisesse, não conseguiria encontrar palavras para descrever o meio porque a gente prova (vive, acontece) e só consegue dizer: “ Hum ...”


Sim, mas onde está a emoção? Está bem guardada nas minhas lembranças e quem quiser que imagine, sinta-se a vontade. Eu é que não vou contar. Porque a emoção estava (está) em viver cada momento e sentimento e depois dizer que faria tudo outra vez, mesmo sabendo que, às vezes, fins não têm começo e começos podem não ter fim.

O fim

Extremamente por acaso, mas também, ninguém sai de casa dizendo: “Hoje, vou me apaixonar”, nem mesmo uma louca como eu. Mas foi assim, um acaso intencionado, conversas e mais conversas, trocas de olhar, algumas indiretas, muitas diretas e três meses de telefonemas. Muitas limitações, pré-conceitos, caipirinhas e medo. Sonhos então, melhor nem comentar.

O fim do começo? A falta de luz, um garçom metido, uma vela, um abajur e uma explosão (o beijo)!

O começo

[...] E assim, nos olhamos e partimos. E eu pensei que quando esse dia chegasse iria espernear, mas não. Não disse nada. Não fiz nada. Não movi sequer os olhos, apenas andei. Andei por querer estar longe, mesmo sabendo que, por enquanto, por mais que eu corra, você ainda vai estar em mim.

É o começo do fim e talvez não seja o tão sonhado final feliz, mas também não é triste, é apenas o fim. E eu não desisti de você como se largasse um brinquedo que já perdeu a graça. Deixei-o ir porque o amava, mas já não o tinha mais.

16 comentários:

Anônimo disse...

As vezes, por mais clichê que aparente, a gente perde mesmo pra poder ganhar.

Tão bonito esse texto! E não esqueça Maquiavel, justificando os meios, os fins e os começos...rs

Beijo recitado

Lucas Truta disse...

tá, mas eu saio de casa dizendo: " hoje, eu vou me apaixonar" (nunca dá certo mas eu digo..hueheueh
Cara, não vai ser manicure nãoooo... Acho que tu ganha mais dinheiro escrevendo... se não ganhar dinheiro, mesmo assim será mais útil..
Eu consegui imaginar uma cena com o "garçon metido, uma vela"...kkk
Legal ver a seqüencia sem seqüencia (não sem lógica)... coisas diferentes são legais.. :D
Teu texto tá. Logo.... hehehe
te amo OTÁRIAAA

Anônimo disse...

Adoooro flocos de emoção! huahauhauahuah

Menina que texto perfeito, Rousi.
Tô até agora estática (ou tô escrevendo? kkkkkk)
Os fins podem ser tristes, mas eles só o são pq nos deliciamos com muitas alegrias nos inícios e nos meios!

Texto perfeito!
=P

Anônimo disse...

"Andei por querer estar longe, mesmo sabendo que, por enquanto, por mais que eu corra, você ainda vai estar em mim".

Arrepioooou agora.
Liiiindo texto.
Viciei no blog e não consigo mais deixar de passar por aqui.

Anônimo disse...

Um texto revelador. Gostei muito!
Hummm, agora vou passar sempre por aqui!!!!!

bjooo

Rousiane disse...

ôo truta,
Escritores bons não ganham dinheiro com suas obras primas, imagine eu? Ia morrer de fome!

Mas posso ler seu futuro enquanto faço suas unhas, que tal? kkkkkkkkk

A única coisa sem lógica são os meus sentimentos, mas pelo menos eles inpiram logicas desequenciadas!

Te amo otário!! ;***

Anônimo disse...

"às vezes, fins não têm começo e começos podem não ter fim."

E Gui disse que o real nao está na chegada nem na saida, e sim no meio da travessia. Eu amo esse texto, vc sabe. Beijo

Anônimo disse...

Agora sim...o blog tá completo!!!
tava faltando "sequencia" pra ele entrar no eixo!!
tentei escrever um comentário mas não consegui...lembrei de tu lendo pra mim por telefone..fiquei toda boba..não sabia tamanho talento dessa minha amiga poeta!!
resumindo: divino!!!
bjo amiga poeta!

Unknown disse...

esse texto é o melhor *---*

Anônimo disse...

Adorei!
Lembrei-me de todos os meus inícios e fins... mas saboreei-me muito re-lembrando os meios.

Como são bons e especiais!
Sabia atitude qd diz: "Deixei-o ir porque o amava, mas já não o tinha mais."
Mais sábias ainda as palavras.

E de lógicas sem sequências amorosas resta uma história bonita.

Anônimo disse...

"às vezes, fins não têm começo e começos podem não ter fim." [3]
E a vida continua a seguir o seu curso dedicando-se as concentrações nos sentimentos independente de começos e fins.

:D

aluah disse...

O começo

[...] E assim, nos olhamos e partimos. E eu pensei que quando esse dia chegasse iria espernear, mas não. Não disse nada. Não fiz nada. Não movi sequer os olhos, apenas andei. Andei por querer estar longe, mesmo sabendo que, por enquanto, por mais que eu corra, você ainda vai estar em mim.

É o começo do fim e talvez não seja o tão sonhado final feliz, mas também não é triste, é apenas o fim. E eu não desisti de você como se largasse um brinquedo que já perdeu a graça. Deixei-o ir porque o amava, mas já não o tinha mais."



MUITO BOM! MUITO BOM! MUITO BOM!


o ruim é que eu chorei. e muito.




"E eu não desisti de você como se largasse um brinquedo que já perdeu a graça. Deixei-o ir porque o amava, mas já não o tinha mais."



me deu vontade de chorar (mais ainda).




seu melhor texto, rousi :)

Unknown disse...

que texto lindo amigaaaaaa

tá td lindo no teu blog..continua assim..

bjoo

amoooo

Anônimo disse...

cadê? nao vai fazer o da aventura do onibus nao, é?

bjo
ja to com suadades!

te amo

Jaqueliny em pensamentos disse...

que lindooo
aconteceu comigo assim

Unknown disse...

Nossa muito legal tudo Rousi,,,,bacana mesmo,,,,adorei,,,beijocas!!!
Luciana.
Campo Grande/MS.

 
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