sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Afirmações retóricas


Não é por sentir pena, nem penar por sentir muito.
Não é que importe, nem que seja indiferente.
Não é que fazer do jeito errado seja tão errado que não possa estar certo, nem que fazer do jeito certo seja tão correto que não possa induzir ao erro.
Não é que não odeie, nem que odeie não odiar.
Não é que ouse ficar, nem que queira partir.
Não é que esqueça ou lembre, nem que faça questão de lembrar de não esquecer.
Não é a repressão de um desejo, nem o desejo da repressão.
Não é que mulheres façam amor e homens façam sexo, nem que alguns nada façam.
Não é lamentar o que nunca foi feito, nem fazer o que se pode lamentar.
Não é que a Bossa não seja Nova, que a música seja velha, nem que o samba seja diferente (o samba é o mesmo).
Não é que o sofá não seja mais atrativo, nem que queira usá-lo como antes.
Não é que não sinta a ausência da lua, nem que consiga encará-la como sempre (de alma aberta).
Não é que Cecília não seja mais a melhor companheira nas noites de insônia, nem que a poesia tenha me deixado entendível.
Não é uma questão de entendimento profundo, nem de desilusão corriqueira.
Não é que o antes seja bom, o depois pior, nem que se possa comparar.
Não é que as premissas sejam verdades ou mentiras, nem que a mentira seja a única verdade.
Não é que eu tivesse uma pergunta, nem que ela fosse retórica.
Não é, não é!
É do teu colo que sinto falta, e mais que o teu colo, é a própria falta de ti - SAUDADE - que quero esquecer.

15 comentários:

Unknown disse...

que coisa mais liiinda amiga! PERFEITO :D

Bia disse...

Eu juro que li esse texto umas cinco vezes agora. Cada uma das vezes que li senti de forma diferente.
Que bom que você voltou. ;)

Sidney Andrade disse...

Lembrou-me da Calcanhotto:
"Nada ficou no lugar
Eu quero quebrar essas xícaras
Eu vou enganar o Diabo
Eu quero acordar sua família
Eu vou escrever no seu muro
E violentar o seu rosto
Eu quero roubar no seu jogo
Eu já arranhei os seus discos

Que é pra ver se você volta
Que é pra ver se você vem
Que é pra ver se você olha pra mim"

Mentiras ou não, saudades pesam.
Bom voltar!
Beijo.

Anônimo disse...

nouss. depois de seculos... mais obras primas. (baba mais)
nop, serio. gostei mesmo.tua cara esses textos.:). small coment

Anônimo disse...

nouss. depois de seculos... mais obras primas. (baba mais)
nop, serio. gostei mesmo.tua cara esses textos.:). small coment
TRUTA.

josé Adriano Gonçalves disse...

Está lindo, parabéns

Carol disse...

a imagem combinou perfeitamente com o texto, que está perfeito :D
adoro o estilo "ser ou não ser" de ser kkkkkkkkkkk :PP
Beijoo e continue postando, porfavor.

Carolynne Ferraz disse...

Não é que a saudade incomoda,nem que ela alegre...
Não são as lembranças do que passou,talvez seja o desejo do que deveria ter sido...

Lindo e perverso texto,Cavalcanti!;**



PS.:AQUI é TEU lugar,então ficas...!=]

Eduardo disse...

Tão profundo, tão complexo, tão simples, tão Rousi.

Parabéns! Muito bom!

Fernanda Raquel disse...

mto liindo amiga, parabééns.
que bom que voltou a escrever, adoro ler seus textos =]

Beeijo, saudades :*

Unknown disse...

Rousi, confesse, sem medo de mentir, em quem você encontra inspiração para escrever? hahaha, essa pessoa deve ser muito especial, ou não.. ahuahua Enfim, o texto ficou muito lindo, *-* Beijo, te amo amiga :)

Unknown disse...

Eita que essa minha amiga é uma poetisa!!!!

Radmila disse...

Amo os teu textos...
essa menina vai longe!!!
quanso vc fizer um livro eu quero um p mim...kkkkkkk
amo tu doida
beijos
;*

Pri disse...

Rousi, cadê os textos?
Vamos brincar de postar né?
Entro sempre que posso pra ver se tem algo novo, mas você abandonou o blog ;/

Saudades amiga. ;D
Beijos.

Anônimo disse...

Por onde anda você?Não demore muito, está fazendo falta

 
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