sexta-feira, 8 de julho de 2011

Desabafo

Ah, como eu queria fluir
sumir para o nada
e deixar o tempo matar o próprio tempo
e o desgosto de ser efêmero.

No exato momento em que me vi
minha mente ignorava todos os estímulos
e transbordava nesse denso drama de ressentimentos.

Te encontrar me deixa perdida
e te perder... ah, te perder não muda nada!

Como posso conviver com a tristeza de ter que te esconder dos olhos meus?
Quanto tempo vou continuar na ânsia de esperar pelos passos teus?

É impossível imaginar que teus braços ainda me acolhem,
que tuas mãos ainda me reconhecem.
O calor do meu corpo se esvai a cada nova gota de desencanto.

Por que não conseguimos mais conversar?
Por que tuas respostas deixaram de chegar?
O que continuo a esperar?

É tolice sonhar com o que não virá!
É triste passar as noites em vão!

Me perco na fuga e te entrego a negação.
Por que nego?
Pra quem nego?
Será que nego?

Não enxergar a linha tênue entre o desejo do que sou e a ilusão do que és me torna comum
E esse misto de realidade e fantasia me confunde.

5 comentários:

Gabi disse...

Que coisa linda!

Myla disse...

"Não enxergar a linha tênue entre o desejo do que sou e a ilusão do que és me torna comum"

O que é essa frase ein?
Me diz, pq eu tô até agora olhando pra ela e olhando pra mim... sem querer acreditar que é assim mesmo!

Perfeiiiito!

Jennifer Carolinne disse...

SOMEEENTE?

minha filha, que beleza de texto!
LINDO LINDO LINDO!

Anônimo disse...

Comum, como você.
Confuso, como você.
Sentindo muito, como você.
Mas, como você, vivendo!

Lindo desabafo!

Obs: Desculpe pelo anônimo.

Paula Izabela disse...

Adorei seu blog. Já estou seguindo.
Convido-a para conhecer o VIVER ME DESPENTEIA.
Abraços poéticos!

 
;