sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Profecia


Entre tantos finalmentes, 
o que recomeça não se sabe, enfim. 

Findam-se os dias, as noites, os caminhos...
E a estrada sempre tem um fim para quem não continua. 

Findam-se os ritos, as farsas, os medos...
E os ciclos são vícios para quem não suporta dar-lhes fim. 

Findam-se os sonhos, as esperas, os amores...
E os filhos são registros de finalmentes dos romances.

Findam-se os versos, as rimas, as estrofes...
E para a poesia, finda a vida, resta ser sem fim.

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